Sempre fui vaidosa, adoro me arrumar, me sentir bonita, me sentir desejada, e até invejada muitas vezes. Fui uma criança bonita, uma adolescente que fazia sucesso, era da turma das "belas", apesar de ser baixinha, mais fazia sucesso com os garotos. Porém, nunca fui a namoradeira, tive, sim, alguns namorados, e as vezes eles eram os mais cobiçados da turma. Mas a vida não é só isso. Cresci, casei, virei senhora, comecei a ver a vida de outros ângulos e hoje já quase "cinquentona", sinto a necessidade de crescer e de ficar mais bonita, porém, como pessoa, como gente, se é que você me entende. E olha que essa beleza, essa "vaidade" é muito mais difícil de alimentar, as fases frívolas da vida passaram, e depois disso veem os questionamentos, aonde vamos? o que queremos deixar de legado aos nossos filhos? A beleza física passa, a interior fica e a consciência pesa, se não fizermos o que de melhor podermos para melhorar essa sociedade tão narcisista e materialista em que vivemos.
Hoje, a mulher madura rir da criança e da adolescente que pensava que seria sempre jovem e bela, e hoje, com certeza a mulher madura, que tem rugas, cabelos brancos, porém, pintados de loiros, porque apesar de ter "crescido" e mesmo sabendo que a vaidade não é tudo, aprendeu a dosar os dois lados, o lado que ama essa coisa de se arrumar, e o lado que conhece a certeza que na vida o que vale é o espírito, o caráter, e a dignidade, que não envelhecem e ao contrário se bem bem dosados, serão sempre jovens e deixarão marca de um ser humano que valeu a pena para sociedade e para humanidade.
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