Caro Amigo,

    Tem dia na minha vida que a saudade bate forte no meu peito, e saudade é sentimento que não se explica; sabe, a saudade daquele sorriso, daquele abraço forte que deixava a coluna em ordem, daquele humor que levava embora qualquer dor de cabeça, daquele jeito forte de me dá apoio quando pra variar eu tinha crises de choro e de carência, saudade principalmente daquela boca quente que sempre me levava ao céu, com beijos que terminavam no sexo mais gostoso que jamais tive.
     Ah! Saudade essa coisa física, doída, maluca, que quando menos se espera, mesmo sem ser chamada, aparece, e nos desestabiliza, nos tira do sério, mesmo quando sabemos que a falta é mais saudável que a presença, porque a presença tira a paz, bagunça a vida e o coração, principalmente quando a presença não é constante, principalmente quando a presença é pela metade.

      Ah! Saudade porque teimas em vir a tona quando o coração sabe que não pode mais ter contato com o "objeto" dessa falta dilacerante. Ah! ingrata saudade porque não me deixas em paz, pois somente tua ausência difinitiva me faria esquecer aqueles braços fortes e aquelas "tiradas" espirituosas e inteligentes de um amor inexplicável e hoje impossível, de um amor louco e irreal. Vai embora, saudade, não te chamei aqui, vai embora e não volta mais, faz como ele, deixa-me em paz, mesmo que sozinha!