NÃO TROCO A MINHA FÉ POR OUTRA FÉ...




            Há alguns dias atrás uma amiga muito querida veio a mim para contar uma novidade, mudara de religião, muito orgulhosa falou que agora era freqüentadora assídua de uma dessas novas Igrejas Evangélicas, disse-me assim: “É ótimo, em duas semanas tudo mudou! Encontrei Jesus, estou muito bem, meu marido está sem beber, estamos nos entendendo às mil maravilhas, estou feliz demais!”. Fiquei feliz por ela, mas antes de responder, fiz uma reflexão interior, e algumas perguntas não respondidas me vieram à cabeça, acho até que consegui as respostas, dentro do meu próprio coração.

            Fiquei a pensar em como nós, católicos, somos frágeis na nossa fé, no quanto conhecemos pouco a nossa Igreja e no quanto almejamos mudanças imediatas, e achamos sempre que em nosso comodismo, vamos entender e amar a nossa religião. Como se não freqüentamos a Igreja, como se não lemos a bíblia, como se não estudamos a vida e os ensinamentos de Jesus? Por não buscarmos isso dentro da religião a qual fomos criados, somos presas fáceis para a famosa “conversão”, acreditamos que mudando de Igreja, mudaremos de vida, que mudando de igreja acharemos Jesus, como, se Ele não estava perdido?

            Pobres de nós que não entendemos que o que muda é a atitude em relação a nossa fé, é que quando mudamos de Igreja, nos dispomos a fazer, o que não fazíamos antes, passamos a freqüentar o templo, a ler a Bíblia, a buscar a prática da caridade. E daí, ficamos mais perto de Jesus.
           
            Criados Católicos a maioria das pessoas que mudam de Igreja, para encontrar um Jesus que nunca esteve longe de nós, que está bem dentro de cada um, o Jesus propagado e vivido, pelo catolicismo há mais de 2.000 anos, nunca o encontramos por não querer nos envolver e por não praticar a nossa religião, por sempre arranjarmos desculpas para não exercer junto a nossa comunidade o mandamento maior: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao Próximo como a nós mesmos.”

            Depois de todas essas conjecturas, me percebi, necessitando também de encontrar Jesus, mas não de mudar de Religião, fazer esse encontro com Ele, aqui mesmo, dentro da Igreja que nasci, me batizei, e me criei, e por isso a única resposta que tive para minha amiga, foi: Nada tenho contra os evangélicos, os respeito, por ensinar desde cedo aos seus fiéis o caminho do amor a Cristo, mas não troco a minha fé por outra fé, o Jesus que você achou em outra Igreja eu encontrarei aqui mesmo, somente mudando de atitude e me engajando definitivamente na caminhada de fé que a Igreja me propõe.

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